Padrões de casamento dos imigrantes brasileiros residentes em Portugal

Autores

  • Ana Cristina Ferreira Instituto Universitário de Lisboa
  • Madalena Ramos Instituto Universitário de Lisboa

Palavras-chave:

Casamentos mistos, Exogamia, Famílias transnacionais, Imigração brasileira, Padrões de casamento

Resumo

Ao longo das últimas décadas, o número de estrangeiros residentes em Portugal aumentou de forma expressiva. Neste contexto, a comunidade brasileira assumiu uma importância cada vez maior, sendo em 2009 a nacionalidade mais representada, com uma participação de 25% no total de residentes estrangeiros em Portugal. Esta evolução tem, como seria de se esperar, reflexos a outros níveis, em particular no contexto do casamento. Contrariando a tendência decrescente observada para o total de casamentos ocorridos entre 2001 e 2009, aqueles em que pelo menos um dos cônjuges nasceu no Brasil quase quadruplicaram nesse período. Para muitos autores, os casamentos mistos são um bom indicador da integração das comunidades imigrantes na sociedade de acolhimento. Assim, dada a importância da comunidade brasileira residente em Portugal, é relevante observar qual o peso dos casamentos mistos nesta comunidade e analisar seus padrões de matrimônio. A análise estatística dos microdados dos casamentos disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística possibilitou estudar e caraterizar a evolução dos casamentos registrados em Portugal, entre 2001 e 2009, envolvendo brasileiros residentes em Portugal. Ficou patente a existência de um elevado nível de casamentos mistos, em especial com portugueses, neste período, o que indicia sua integração na comunidade de acolhimento. Verificaram-se igualmente algumas diferenças nos padrões de matrimônio entre os sexos, bem como uma tendência para a diminuição da importância dos casamentos mistos, em especial entre os homens.

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Publicado

2012-12-01

Como Citar

Ferreira, A. C., & Ramos, M. (2012). Padrões de casamento dos imigrantes brasileiros residentes em Portugal. Revista Brasileira De Estudos De População, 29(2), 361–387. Recuperado de https://www.rebep.org.br/revista/article/view/38

Edição

Seção

Artigos originais