Família, religiosidade e identidade étnica nas práticas de transmissão de nomes de batismo em um grupo de imigrantes italianos

Autores

  • Fábio Augusto Scarpim UFPR

Palavras-chave:

Nomes de batismo, Imigrantes italianos, Campo Largo

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar a construção da identidade etnocultural de um grupo de imigrantes italianos e seus descendentes instalados no município de Campo Largo (Paraná) no período de 1878 a 1937. Para isso, parte-se do pressuposto de que a identidade de um grupo étnico surge a partir do contato interétnico, ou seja, da necessidade da afirmação de nós diante dos outros. Nessa direção, são analisadas as práticas de transmissão dos nomes de batismo como signo de construção da identidade étnica. Procurou-se verificar como o grupo em estudo construiu sua identidade pautada pelos referenciais simbólicos e culturais da terra de partida e de que forma se dá o processo de mudança tendo em vista a nova realidade e os contatos culturais estabelecidos com os brasileiros. Para conduzir essa análise, utilizaram-se, principalmente, registros paroquiais (atas de batismos, casamentos e óbitos) que foram sistematizados pela metodologia de reconstituição de famílias, oriunda da demografia histórica. Por meio da análise da documentação foi possível perceber nos nomes de batismos a predominância de elementos típicos do mundo rural de origem desses imigrantes que simbolicamente os ligavam à terra de seus ancestrais. Esses elementos foram de grande relevância para a definição da identidade do grupo como ítalo-brasileira.

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Publicado

2014-06-30

Como Citar

Scarpim, F. A. (2014). Família, religiosidade e identidade étnica nas práticas de transmissão de nomes de batismo em um grupo de imigrantes italianos. Revista Brasileira De Estudos De População, 31(1), 135–150. Recuperado de https://www.rebep.org.br/revista/article/view/646

Edição

Seção

Artigos originais